BNDES rebate fake news do Estadão e esclarece número de cargos externos na atual gestão

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contestou com veemência uma reportagem publicada pelo Estadão no último dia 25 de junho, que alegava a existência de “56 cargos políticos” na atual administração da instituição. Em nota enviada ao Brasil 247, o BNDES classificou a informação como falsa e detalhou que apenas cinco cargos foram efetivamente criados na gestão atual para profissionais externos, totalizando 27 assessores fora do quadro de carreira — o que representa menos de 1% do total de funcionários do Banco.

De acordo com o BNDES, esses 27 assessores externos atuam em apoio a toda a diretoria da instituição, o que significa, em média, cerca de três assessores externos por diretor, incluindo o presidente. A instituição também explicou que, no início da atual gestão, em 2023, já havia 22 assessores externos em exercício e que há mais de uma década não era realizado concurso público para reposição de pessoal de carreira.

A polêmica foi intensificada por um artigo publicado no próprio Estadão em 3 de julho, assinado pela economista Elena Landau — que já foi assessora e diretora do BNDES —, em que ela repetiu os dados incorretos para criticar a equipe econômica do governo Lula. O Banco lamentou a omissão, tanto por parte do jornal quanto de Landau, da informação de que metade dos cargos mencionados são exclusivos para servidores de carreira, não podendo, portanto, ser ocupados por indicações políticas.

A instituição também revelou que tentou, sem sucesso, publicar uma carta de leitor no Estadão para esclarecer os equívocos. “O número total de 27 profissionais externos está abaixo dos 2% dos atuais 3 mil funcionários do BNDES, conforme previsto no Estatuto do Banco. Isso quer dizer que os atuais 27 assessores externos são menos da metade dos 60 assessores externos permitidos pelo Estatuto”, afirma a nota enviada à imprensa.

Segundo o Banco, esses profissionais atuam de forma complementar à equipe de carreira, trazendo expertises específicas em áreas técnicas e estratégicas, sem envolvimento com liberação de crédito. A gestão atual também destaca que, nos últimos dois anos e meio, o BNDES promoveu concurso público e bateu recordes de crédito concedido. “Em 2024, o BNDES realizou a maior injeção de crédito da história da instituição, alcançando R$ 276,5 bilhões. Além disso, teve um lucro de R$ 26,4 bilhões e a menor inadimplência (0,001%) do sistema financeiro. No primeiro trimestre deste ano, o resultado do BNDES por colaborador foi de R$ 11,35 milhões, sete vezes maior do que o segundo colocado”, finaliza o comunicado.