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Hildegard Angel

Jornalista, ex-atriz, filha da estilista Zuzu Angel e irmã do militante político Stuart Angel Jones

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Xi Jinping não veio, mas a China é aqui!

Avaliação geral desta Cúpula do BRICS, nas rodinhas de conversas, era positiva, até mesmo entusiasmada, com elogios ao documento final

Li Bo, Leonardo Attuch e Helen Han (Foto: Hildegard Angel/Arquivo pessoal)

Nesses dias de BRICS, o que mais encontro no Rio de Janeiro são chineses. Com sua tradicional gentileza, eles mudaram a paisagem dos eventos cariocas. Ontem, no coquetel trilíngue (mandarim, inglês, português) em casa do advogado Roberto Bertholdo, entre a geometria vibrante das telas de Eduardo Sued e as intensas mulatas de Di Cavalcanti, circulavam chineses risonhos, cordiais, atenciosos. Naquele exato tempo e momento, a China era ali, diante de uma Praia de Copacabana restrita às sirenes e aos pisca-piscas vermelhos das comitivas estrangeiras, que retornavam do encontro, no MAM, e tinham as pistas da Av. Atlântica todinhas para elas.

Chineses de expressão, como Li Bo, editor especial do Guancha ("Observador"), jornal da mídia privada focado na geopolítica, sediado em Xangai, e Helen Han, fundadora do Beijing Club for International Understanding, de Pequim, promotora de encontros de alto nível para diálogo internacional e diplomacia informal.

Li e Helen estão NA FOTO com Leonardo Attuch, editor-chefe do Brasil 247 e anfitrião do encontro juntamente com o Guancha e com Bertholdo, uma "joint venture" de boas intenções, recheada com jornalistas nacionais e do exterior, economistas, como Paulo Nogueira Batista Filho, scholars, como o professor Evandro Carvalho, FGV/UFF, instituições, como o Clube de Engenharia do Brasil, e mais champagne rosé, risotos de camarão, quadradinhos de legumes e bolinhos de bacalhau do Demar, enfim, uma apoteose saborosa do soft power sino-brasileiro. Mais refinado impossível.

Li chegara da China, naquela tarde, e Helen retornará a ela amanhã.

A avaliação geral desta Cúpula do BRICS, nas rodinhas de conversas, era positiva, até mesmo entusiasmada, com elogios ao documento final, que reafirmou o compromisso com o multilateralismo e a reforma da governança global.

Aliás, se eu fosse fazer pesquisa sobre o assunto mais falado, daria empate entre o apoio incisivo da Cúpula à solução de dois Estados para palestinos e israelenses, incluindo a adesão plena da Palestina às Nações Unidas, e as condenações aos ataques a Gaza e ao Irã, e as críticas a tarifas unilaterais, com restrições comerciais.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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