O ilustre pobre de direita
A mobilização da esquerda deve continuar por todo esse ano e se estender até outubro de 2026
O bolsonarismo está morrendo! Com o líder encurralado em um beco e seguidores desarticulados, como vimos na última manifestação de rua, está praticamente decretado o fim de uma era. Isso não significa que uma outra não esteja sendo gerada.
O laudo definitivo do pre-mortem foi revelado na semana passada com a derrota esmagadora para a esquerda nas redes sociais, onde foi constatado que o projeto golpista falhou também na base. O viés cognitivo é de derrota, apesar dos espasmos de um ou outro mal-aventurado.
A mobilização da esquerda deve continuar por todo esse ano e se estender até outubro de 2026. O PT, enfim, percebeu o valor dos influenciadores digitais na mobilização e reação diante da queda de popularidade do Presidente Lula.
Com a derrocada da extrema direita e a ausência de uma liderança ativa, a polarização estabelecida hoje volta ao velho petismo e antipetismo. Uma polarização histórica que nunca deixou de existir desde Collor de Mello até Bolsonaro.
A diferença está na experiência que a população teve no governo anterior, quando grande parte do eleitorado antipetista perdeu parentes e amigos para o movimento antivacina. Isso, associado às acusações e provas que, irreversivelmente, levarão o inelegível para a prisão, deve pulverizar os votos em candidatos menos ligados à ‘velha’ política, deixando o caminho mais iluminado para o tetra de Lula.
Por enquanto a luta é convencer o eleitor da classe C, D, E, com renda de um até cinco salários, de que o discurso do empreendedorismo fácil é uma armadilha que o afasta de suas origens e o torna o famigerado pobre de direita, aquele que entra em conflitos de classe contra seus próprios objetivos.
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