Ao apoiar nova agressão de Trump, Tarcísio carimba na testa a marca de inimigo do Brasil
Um brasileiro que está a serviço dos EUA contra o Brasil não merece lugar na política brasileira
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apontado pelas elites financeiras como o candidato a presidente em 2026, se mostrou novamente um capacho, um serviçal do Estados Unidos contra os interesses do Brasil. Sua recente manifestação em apoio à decisão do presidente estadunidense Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ultrapassa qualquer limite da disputa ideológica. É traição.
Sim, traição. E das mais evidentes. A carta de Trump enviada ao presidente Lula, além de arrogante, representa uma tentativa direta de interferência nos assuntos internos do Brasil. Ao citar Jair Bolsonaro, que responde a processo no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado, como justificativa para uma retaliação econômica contra todo o país, Trump ultrapassa a linha do aceitável nas relações internacionais. Mais grave ainda: o ataque não é apenas ao governo Lula, mas à soberania do Estado brasileiro e à independência de seus Poderes, especialmente o Judiciário.
Diante de tamanho absurdo, a atitude que se espera de qualquer autoridade brasileira — independentemente do partido — é de repúdio. Mas o que fez Tarcísio? Em vez de condenar o tarifaço, saiu novamente em defesa do agressor. Tentou culpar o presidente Lula, afirmando que a medida dos EUA seria resultado de uma “agenda ideológica” do governo brasileiro. Como se o Brasil devesse ajoelhar-se diante de um governo estrangeiro que, sob um pretexto mentiroso, tenta chantagear o país com prejuízos bilionários.
Tarcísio de Freitas, ao tomar partido de Trump e não do Brasil, não se coloca como um crítico do governo federal — o que seria legítimo em uma democracia —, mas como um aliado de um projeto estrangeiro de desestabilização do Brasil. Um governador que age assim não está do lado de seu povo, mas a serviço de outra nação. Sua postura não é apenas antipatriótica: é antibrasileira. Está mais próximo de um agente político dos interesses norte-americanos do que de um servidor público eleito para defender os interesses de São Paulo e do Brasil.
Não é a primeira vez que Tarcísio se alinha com agendas e personagens da extrema-direita global. Em 2023, o governador viajou a Israel em meio à escalada do conflito na Faixa de Gaza para encontrar-se com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no momento em que o mundo inteiro condenava o massacre de civis palestinos. Na ocasião, declarou apoio irrestrito à ofensiva militar que já ceifava dezenas de milhares de vidas inocentes, incluindo mulheres e crianças. E ainda ousa acusar outros de ideologização?
A população paulista precisa estar atenta e reagir. O governador do estado mais populoso e economicamente relevante do país não pode se comportar como cabo eleitoral internacional de Trump. Muito menos como defensor de medidas que afetam diretamente a economia nacional e, sobretudo, a economia de São Paulo, cujos setores exportadores — da indústria ao agronegócio — sofrerão os maiores impactos do tarifaço.
Em vez de defender a diplomacia, a legalidade e a soberania do país, Tarcísio de Freitas optou por aplaudir a sanção econômica imposta por um presidente estrangeiro com motivações políticas torpes. Escolheu ficar do lado de quem ameaça a estabilidade das instituições brasileiras e a segurança jurídica do nosso país. Isso terá um custo político para ele.
O presidente Lula, por sua vez, respondeu à altura. Convocou reunião de emergência, articulou reação com base na recém-aprovada Lei de Reciprocidade Econômica e defendeu com firmeza os interesses do povo brasileiro. Em sua declaração, reafirmou que o Brasil é uma nação soberana, com instituições independentes e que não aceitará ser tutelada ou ameaçada.
De um lado, um presidente que defende o Brasil. Do outro, um governador que aplaude quem o agride. A história saberá separar quem esteve ao lado do país e quem tentou entregá-lo. A máscara caiu, Tarcísio. E o que ficou à mostra foi a marca de inimigo do Brasil.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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